segunda-feira, 13 de julho de 2009

Os meus, os seus, os nossos reis




Brasileiros e brasileiras,

Mega feriadão repleto de novidades. A mudança definitiva aconteceu (êêêêê!!!) e aquelas 32 caixas que me rodeavam nos últimos dias até que enfim desapareceram (quase!). Tuco conheceu o novo apê e assim como eu, está se adapatando aos poucos.

Passei alguns dias sem TV mas hoje, pude perceber que não perdi muita coisa. Continuam a exibir imagens de Michael Jackson em Neverland (aposto que o Fantástico tem material suficiente para mais uns 15 domingos), continuam defendendo o Sarney no senado e continuam a comemorar os 50 anos de carreira do Roberto Carlos.

Ok, ok, adoro o Roberto, adoro o Michael mas está ficando difícil... Super exposição, super produções e todos os outros supers acabam tirando um pouco daquilo que, na minha opinião, torna o artistas especial, transformando-o em uma espécie de produto padronizado para a aceitação das massas. O caso do MJ é um ótimo exemplo. Lembro que na semana de sua morte a mídia em geral questionava se Michael seria lembrado pela sua música ou pelo seu comportamento extravagante e os escândalos a ele associados. Todos os críticos musicais, jornalistas e demais especialistas em sei lá o que foram categoricos ao escolher a primeira opção, ressaltando as qualidades do artista sobretudo quanto sua influência no comportamento das pessoas naquela época... Balela. Após a primeira semana onde pudemos (re)ver seus clipes e algumas entrevistas sobre a carreira de Michael, como a de Berry Gordy, fundador da Motown, ninguém mais fala do Michael artista. Agora o que vemos (e muito provavelmente veremos nas próximas semanas) são notícias sobre os remédios que MJ tomava, quem era o médico dele, se os filhos eram dele ou não, enfim... Sei de pessoas que nem curtiam sua música mas que hoje comentam sobre a vida dele como quem discute um capítulo da novela das oito.

O oposto acontece com o outro Rei, Roberto Carlos. Da mesma forma que a vida pessoal de Michael tem ficado acima de sua música, Roberto hoje é lembrado e celebrado por Emoções, Cama e Mesa e alguns sucessos da jovem guarda e esconde (?), de certa forma, detalhes de sua vida pessoal e até profissional, provocando as mesmas injustiças e distorsões do caso MJ . Ontem, durante o show no Marcanã, o rei se emocionou ao cantar ao lado de Erasmo Carlos, conhecido como "o eterno parceiro de Roberto", certo? Pois então, em uma entrevista recente Erasmo declarou que conversa com seu amigo de fé irmão camarada no dia de seu aniversário, no Natal e só!! Esquisito né?! Buscando informações sobre essa relação, á única coisa que encontrei foram notícias sobre a primeira e única briga por conta da divulgação de algumas músicas como de autoria de Erasmo quando na verdade a composição era dos dois. Fora isso, mais nada...

Independente do que aconteceu, acho uma p... injustiça Erasmo ser lembrado só por conta do Roberto, mesmo porque o Tremendão era muuuuito mais alternativo, inovador e por que não dizer progressivo que Roberto, afinal quem mais poderia gravar uma música intitulada "Barato bom é o da barata" com o Balão Mágico nos anos 80?!?!?

O video acima é outro belo exemplo. Foi gravado em 2001, em São Paulo mas a música foi composta em 1975. Segundo Erasmo, a música foi censurada e depois disso ficou esquecida e arquivada por 25 anos - até que, durante a produção da caixa "Mesmo Que Seja Eu", foi reencontrada por Marcelo Fróes.

Descubram e divirtam-se!

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