sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pediu pra parar...

Só assim mesmo pra conseguir fazer o blog renascer das cinzas tal qual Fenix e provar que a esperança nunca tem fim.



Foi só ficar de molho por 2 dias em casa pra (re)percerber que nossa vida é uma loucura, uma confusão de acontecimentos que aprendemos a conviver e, até certo ponto, a nos divertimos com toda essa "bagunça".



Antes de qualquer coisa, deixo claro que está tudo bem. Fiz uns exames de rotina mas que exigem certo repouso e por isso, acho que pela primeira vez em toda minha vida, sei o que é gozar da famosa "licença"!



Ontem mesmo me bateu certo desespero ao me ver em casa, em plenas 14h30 sem ter absolutamente NADA a fazer. Além da ausência do trabalho, que ocupa cerca de 8horas do meu dia (fora as outras 10h que penso nele!), não havia nada a fazer em casa. Nenhum armário a arrumar, o cesto de roupas vazio, a cozinha mais organizada que a da Ana Maria Braga, enfim...


Não tive outra alternativa a não ser ligar a maldita caixinha, a TV. Assisti a 4 filmes, 3 séries e vários, váaarios programas de quinta-categoria pra não me acostumar mal.



Depois de algumas horas comecei a entender porque dizem que o trabalho engrandece o homem pois ficar em casa com a TV ligada a tarde inteira é uma tortura que não tem fim. Qualquer reunião de trabalho para discutir o orçamento do setor é mais edificante que assistir a Sonia Abrão por 15 segundos!



Pois bem.. Fato é que hoje resovi aproveitar o dia de sol e passar o tempo restante comigo. Pensando, refletindo, planejando e por que não dizer, fazendo um balanço desses meus 33 anos, 3 meses e 1 dia de vida.



Fiquem tranquilos que não vou contar aqui todos os percalços de minha tenra trajetória, nem ousarei escrever sobre minhas aventuras na adolescência ou sobre o dia que arranquei a cabeça da minha boneca preferida (o que me causou sérios traumas!).



Embora a casa estivesse organizada, já era hora de organizar algumas coisas aqui dentro, bem naquele lugar que sempre deixamos pra depois até que os pensamentos se acumulem, se misturem com nossas vivências e com nossas sensações. Vimos todo esse tempo acumulando idéias em nossas cabeças e sentimentos no peito e, nem sempre, nos percebemos como individuos capazes de usá-los para fazer o bem. Aos outros e a nós próprios!



Dar essa parada de 48h me fez voltar a ter os pés no chão ou ao menos me trouxe um pouco a tona para respirar e oxigenar a caxola. E não pensem vocês que esse é mais um daqueles discursos otimistas de que "a vida é bela e tudo vai melhorar", ao contrário. Essas reflexões deixam claro que tem um monte de coisa errada por aí e que temos que conviver com elas sim mas talvez de forma menos dolorida tal qual estamos tão acostumados.



Como não quero esperar o fim de dezembro para preparar minhas resoluções de ano novo, sei que a minha vida será muito melhor desde já se:



Reclamar menos porque gente que reclama o tempo todo é chata!

Acreditar sempre na verdade, mesmo que ela não seja aquela que vc. esperava

Perceber que precisar dos outros não é ser dependente (ou carente) e que

As decepções às vezes tem muito mais a ver com nossas expectativas equivocadas do que com as falhas dos outros



Acho que assim poderei aproveitar melhor meus próximos dias, meses e anos ao invés de encarar essa jornada simplesmente como uma batalha. Acho que assim fica mais leve pra todo mundo não?



Beijos que vou continuar a assisitir o programa da Sonia Abrão.