segunda-feira, 29 de março de 2010

A conferência que ninguém viu...


Olááááááá Brasil!


Foram 3 dias em Brasília, capital federativa da República do Brasil e sede dos 3 poderes nacionais. Cidade construída por Juscelino, Brasilia foi um marco tanto pela seu planejamento milimetricamente calculado por Lucio Costa como pelas construções criadas por Niemayer que hoje assina os principais prédios públicos da cidade. Cheia de peculiaridades como a falta de esquinas e, consequentemente de faixas de pedestres (mesmo porque não há pedestres!), estava certa de que assim que chegasse em São Paulo, relataria posts e posts com as impressões da terra do Congresso Nacional.

Felizmente, me enganei!!! Não que Brasília não mereça comentários (positivos e negativos) mas o fato é que o que houve por lá nesses dias foi algo muito maior.

Nos dias 23, 24 e 25, foi realizada a 1ª Conferência Nacional de Defesa Civil. Promovida pelo Ministério da Integração Nacional o objetivo da conferência foi o de avaliar a situação da Defesa Civil, traçar diretrizes de atuação e fortalecer a participação social na políticas voltadas e redução de desastres no país. Só para esclarecer um pouco mais, nessa conferência foram discutidas as propostas apresentadas nas conferências municipais (cerca de 500) e estaduais (14) previamente realizadas em todo Brasil. Destas discussões, foram selecionados delegados para o encontro nacional representando tanto do poder público, como eu, como a sociedade civil.

Mas vamos ao que interessa. Conferência é conferência. Tem blá-blá-blá, tem discussão, tem manifestações calorosas, tem muita gente falando m..., tem muita gente falando bem, tem discursos emocionados, tem muita proposta sem pé nem cabeça, enfim... tem de tudo que se pode esperar ao se juntar quase 2000 pessoas vindas de cidades como Trairão (PA) até Capão do Leão (RS).

Realidades bem diferentes, sotaques dos mais variados, gostos musicais entaõ nem se fala. Começavamos as plenárias e grupos de trabalhos às 9h e terminávamos por volta das 20h30. E era aí que a verdadeira conferência começava. Os auditórios, os blocos de notas e o ar condicionado do evento davam lugar às mesas de bar (ou algo improvisado), às latas de cervejas, ao clima seco da noite brasiliense.

Lá sim é que acontecia a verdadeira INTEGRAÇÃO NACIONAL e não pensem que os papos eram sobre quem tinha o melhor Carnaval, Rio ou Salvador, de quem era a melhor festa junina, Caruaru ou Campina Grande, ou de quem leva a melhor no maior clássico do futebol brasileiro, o Grenal. O assunto continuava a ser "Defesa Civil".

Dezenas de pessoas a-pai-xo-na-das e que até aquela semana nunca tiveram a oportunidade de desatar os muitos nós na garganta e expor suas angústias, dificuldades e alegrias em sua rotina de desastres. Militares, civis, pessoas que conheciam o mundo inteiro lado a lado de outras que, pela primeira vez, saíram de suas cidadezinhas do interior do país, dando e recebendo lições que superavam, e muito, a expectativa de quem esperava uma simples discussão profissional.

Éramos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. Indenpendete do PIB e do número de habitantes, hoje eu sei que o morador da favela de São Paulo é tão vulnerável como aquele da comunidade indígena do interior do Acre. Independente do "risco" gente é gente em qualquer lugar do mundo. Foi numa dessas conversas que percebi que não estava lá representando a cidade de São Paulo. Lá eu representava milhares de pessoas que assim como eu lutam para evitar que desastres, muitas vezes previsíveis, gerem tanto sofrimento, tantas perdas, tanta dor.

Nem a presença do ministro Gedel Vieira Lima e nem tampouco de outras tantas autoridades superam a roda de discussão da madrugada de quarta-feira onde as lágrimas de um coordenador baiano, desanimado por não ter recursos em sua cidade, misturaram-se as do coronel pernambucano, emocionado ao relembrar tudo o que passou até aquele dia no qual, segundo ele, "acordamos o elefante".

Alguns com meses outros com aaaaanos de experiência, o que presenciei foi um momento único em que pessoas anônimas contruíam, talvez sem saber, um pedaço importante da história do país.

Abraço.
PS. Mas que Brasília é esquisita, isso não dá pra negar!!!

segunda-feira, 22 de março de 2010

A formiga só trabalha porque não sabe cantar...


Direto ao assunto, sem mais delongas...


Hoje pela manhã, enquanto aguardava ansiosamente o sol a beira da piscina, li uma entrevista na Folha de São Paulo da psicóloga Susan Pinker, autora do livro "O Paradoxo Sexual" que defende a tese de que a diferença social entre os sexos não deve ser combatida e sim compreendida como uma consequencia natural. Vou explicar melhor.


Um bom exemplo disso, segundo a própria autora, é a questão salarial. Está comprovado, salvo algumas exceções que as mulheres ganham menos que os homens, certo? Porém seria esse uma discriminação social, uma injustiça com o sexo frágil ou será que os homens ganham mais simplesmente porque priorizam sua profissão e sua carreira?


A teoria pode se facilmente comprovada nos dias de hoje quando nos deparamos com mulheres cada vez mais bem sucedidas financeiramente mas que, de uma forma ou de outra, optam por abrir mão de "alguma coisa", seja família, filhos, um grande amor, uma casinha de sapé, enfim... Essa postura, esteja certa ou errada, conveniente ou não, nos deixa sempre com um pontinha de culpa, uma sensação de "tá faltando alguma coisa" que pode durar uma vida inteira ou apenas um instante, mas que ela existe, existe.


Embora o texto enfatize a diferença dos gêneros, penso que as escolhas que fazemos diariamente, as relações custo-benefício que estabelecemos em nossas tarefas diárias mereçam um pouco mais de reflexão, sejamos nós homens, mulheres, gays, trânsgeneros, assexuados ou sei lá o que. Até que ponto vale a pena trocar suas aulas semanais de dança ou as tarde de quinta-feira com seus filhos (ou seu cachorro) pelas reuniões de negócios ou pelas noites regadas a litros de café para acabar aquele relatório?


Das muitas definições que encontrei para o termo "trabalho", a que mais me chamou atenção foi a que o define como "aquilo que gera ao homem suas condições reais de existência", ou em outras palavras, aquilo que define a mediação entre o sujeito (eu, você, seu vizinho, a sociedade, a empresa) e o objeto de carecimento.


Mas e quanto o objeto de carecimento pra você é diferente do objeto de carecimento da sociedade em que vive? Seria o trabalho um exigência pessoal ou social? Ou ambos? E como entender sua concepção nas organizações capitalistas onde o trabalho ao mesmo tempo que tira a liberdade do cidadão (tinha coisa bem mais interessante para fazer amanhã, por exemplo), lhe garante o direito de ir e vir (ir pra Cancun, ir pra balada, ir pro shopping comprar um All Star)?


Não obteremos essa resposta tão cedo, nem tampouco conseguiremos escapar daquela sensação "super animadora" de domingo a noite. Mas não é por isso que temos que ficar apáticos e reclamando todo santo dia (exceto no dia de pagamento!).


A vida não é só trabalho, salário e promoções. Claro que muitos dos prazeres que mais gostamos dependem sim de dinheiro. Viajar é bom, ter um apê legal também desde que se encontre tempo para curti-los de verdade, em paz. E é por isso que as vezes vale a pena se perguntar: Será que meu objeto de carecimento é mesmo um carro novo ou será que um pedaço de chocolate e um boa noite de sono não me deixará mais tranquilo? Pelo menos por hoje...


Beijos no fura-bolo.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Alguém se candidata???

segunda-feira, 8 de março de 2010

Chega de videos...

Fim de semana de total inspiração. Apesar do vuco-vuco da semana passada, nada de novo aconteceu nesses últimos dias. Além do Big Brother, os assuntos e novidades simplesmente morreram, captuz, zefini...

Ninguém fala mais do Obama, do Haiti não se tem notícias, o Carnaval acabou mesmo, as enchentes em São Paulo, pelo menos até a próxima garoa, também não rolam mais. Nem a disputa presidencial tá dando mais o que falar.
Tédio? Que nada. Essa sensação (só sensação) de tranquilidade é rara e de certa forma possibilita uma pausa nessa correria e nessa mania que temos em não querer parar, em ter que aproveitar todos os minutos do dia, em estar conectado a tudo e a todos sem mesmo sabermos pra que.

São nesses momentos que consigo ler todas as matérias de todos os cadernos do jornal, algo impossível para quem o tempo só permite ler cerca de 10% das notícias (8%: notícias do dia, 2%: quadrinhos + horóscopo, 1%: coluna do Zé Simão).
Graças a essa pequena pausa, pude ler uma matéria sobre a situação dos muçulmanos na periferia de Paris, aprender uma nova receita de cuzcuz marroquino, descobrir e baixar músicas da Rita Mitsouko e ler sobre a teoria do Big Rip.

Isso sem contar que aqueles afazeres do dia a dia ficam com outra cor, outro gosto. As frutas na feira estavam bem mais bonitas hoje, a piscina estava um sossego, o livro que queria estava em promoção e a corrida (essa da foto) foi perfeita, meu melhor tempo desde 2007!

Aí você pensa "caraca, amanhã é segunda-feira e o "inferno" recomeça". A loucura de São Paulo, principalmente para aqueles qu trabalham cuidando da cidade como eu, talvez não me permitam divagar tanto quanto gostaria. Amanhã, talvez seja impossível ler o tal livro que acabei de comprar ou mesmo experimentar uma nova receita. Com sorte, mas muita sorte conseguirei arrumar minha cama antes de sair correndo enquanto atendo dois celulares ao mesmo tempo (pra que dois, meu Deus?).


E assim será terça, quarta, quinta... Até o próximo dia que a maior cidade da América Latina se transformará numa pacata e tranquila vilazinha do interior, pelo menos pra mim.


Beijos no metatarso.

Parapapa para pa pa...

Você lembra desse clipe, certo?




Mas você já tinha visto a versão grega? (Paraparaparapoli...)



E a alemã? (Melô da Páprika)



E a israelense? (??????)



Bom gosto é tudo não é mesmo?

Clipes bacanas e de alta qualidade...

É o BLOG ETMV atravessando fronteiras em busca do melhor pra você!!!

fonte: kibeloco

Porra Lula!!!


Durante a visite ao Chile, recém vitimado pelo terromoto que deixou cerca de 800 mortos, nosso querido "presida", ao ser recebido no aeroporto pela presidente Michelle Bachelet, solta essa pérola:
" ... e graças a Deus, não houve vítimas entre os brasileiros."
Sra. Bachelet, pedimos desculpas e lamentamos desperdiçar seu tempo com tamanha falta de noção.

segunda-feira, 1 de março de 2010

A melhor luta de todos os tempos...




Não dá pra comentar... Muita emoção, muito realismo e técnica da dramartugia oriental.