Eu tenho minha vida

Meeeeeu, estou precisando de mais umas 12 horas pra conseguir dar conta de meus afazeres cotidianos...

Antes de reclamarem que o BLOG ETMV não é atualizado dia sim dia não, e que a “frase da semana” ta virando a frase do bimestre, quero que acompanhem minha rotina de mulher moderna e independente dos últimos dias:

Bioritmo do Centro, que ocupa hoje o prédio do antigo Banco de Portugal

Segunda-feira: Esperta como sempre, marquei vistoria pela manhã, logo ali, no Butantã. Aprendi que não se deve programar nenhuma atividade que exija mais de 3 neurônios nesse dia... Tomei um tombo no meio da Subprefeitura, esqueci a máquina fotográfica na secretaria e na volta descobri que deixei toooodas as minhas anotações com o motorista. A tarde foi reservada para lamentar a péssima manhã. Depois do expediente, fui para meu primeiro treino na nova academia. Primeiro dia é igual em qualquer lugar, na escola, no trabalho... Ficamos mais perdidos que cachorro em dia de mudança mas, por uma questão de honra, achamos melhor manter uma pose do tipo “tá tudo bem e eu tô super a vontade!”. Até mesmo quando você entra na sala dos professores sem querer e fica presa no elevador da academia (sim, isso aconteceu mesmo!), o jeito é fazer cara de paisagem e nunca, nunca entrar em pânico. Já em casa, hora de descansar e jantar a lasanha vegetariana do domingo.

Isso é que chamo de seleção natural

Terça-feira: Dia tranqüilo com duas reuniões que começaram 30 minutos após o previsto, ou seja, tudo dentro da normalidade. Como continuamos sem ar condicionado e sem persianas no andar, sinto que já estou criando bolor entre os dedos. Fim de tarde com direito a um temporal que deixou São Paulo debaixo d´água. O jeito é ir pra academia e ficar até às 22h. Segundo me informaram no dia da matrícula, após as 20h haveria uma van para levar os alunos ao metrô já que andar pelo centro a noite é um pouco “punk”. Até hoje eu nunca vi essa bendita van!!!! Resultado, abro meu guarda-chuva de 5 reais e atravesso a Praça da Sé quase correndo mas sem perder a elegância. Chego em casa depois das 23h e para jantar, lasanha.

Quarta-feira: Horas na frente do computador tentando agendar a tal vistoria obrigatória do veículo. Antes tivesse um Monza e não precisaria passar por isso... Quando finalmente consigo, recebo um chamado para ir até o Ipiranga por conta de um muro que caiu. O dia passa depressa e decido voltar mais cedo (ou seja, às 18h) para passar no mercado e comprar alguma coisa. Nada feito... meu carro está sem combustível desde o dia que saí da VP e minha bike está no conserto desde sábado passado. Resultado: o penúltimo pedaço de lasanha e um tomate (oba!) é o meu jantar.

A cerveja sem álcool foi o destaque do happy hour. "O gosto de bueiro é incrível" comentou M.Mandarano ao colega, agora abstêmio, Eduardo "Auditor", o Padilha

Quinta-feira: O dia prometia... Agenda em dia, pendências concluídas e ainda um happy em comemoração ao aniversário de Dr. Daman...Tudo programado se não fosse a pilha de 35 processos que colocaram na minha mesa e com aquele selinho vermelho “urgente”. Após esses anos tenho a leve impressão de que aquele selinho não é levado muito á sério. Vou propor a Secretaria confeccionar uma etiqueta com os dizeres “duvido!” ou mesmo “fala sério” para colar debaixo dele. Ainda na linha “me aperto mas não uso mais meu carro”, fiz minha primeira viagem Centro-Vila Prudente de Expresso Tiradentes. Adorei!! Além de ser super rápido, ver a cidade de cima é fantástico. O Parque Dom Pedro, a Igreja Renascer, o Carrefour do Cambuci, o Rio Tamanduateí, a Av.Juntas Provisórias e finalmente a Favela de Vila Prudente. Tudo é tão feio quanto visto de baixo mesmo.

Comprinhas na Zona Cerealista

Sexta-feira: Tirei minha hora de almoço para conhecer a zona... cerealista. Atrás do Mercadão, o local é o point para que procura produtos integrais, naturais, grãos, barrinhas e afins. Fui para conhecer e comprar, no máximo, um pacotinho de soja e acabei voltando com mais de 7 quilos de mercadoria. Me senti numa gincana correndo contra o tempo,, atravessando a 25 de março e subindo a ladeira porto geral com aquele pacotão de comida natureba... Depois do treino, cheguei muito cansada para cozinhar e comi o último pedaço da lasanha.

Sábado: Dia livre?!?! Nananinanina... Pela manhã, fui a feira, depois a Av. Paulista pegar meu kit (explicação a seguir), peguei minha bicicleta na oficina e segui direto pra academia. A tarde comecei a peregrinação em busca dos móveis para o novo apê. Já virei melhor amiga do manobrista do Lar Center e sei quase tudo sobre o sistema de amortecimento em gavetas de armários modulares. Minha tarde foi na cozinha, procurando receitas para conseguir usar os quilos e quilos de linhaça, farelo de trigo, aveia e proteína de soja que comprei, afinal, a lasanha acabou e na geladeira, além dos hortifrutis, apenas um vidro de molho inglês provavelmente fabricado em 1987.

Domingo: Então, lembram do kit? Participei do passeio ciclístico Pedalando e Aprendendo na manhã do domingão. Tudo é bem parecido com o esquema das corridas, com direito a kit, número de peito, sorteios, etc... O percurso foi pela Av. Roberto Marinho, onde pegamos trechos na Marginal Pinheiros perto da ponte estaiada, mais ou menos uns 8 ou 9km. Considerando que eu fui e voltei de bike até lá, com direito a paradinhas para mate no centro e um role no Parque das Bicicletas, acho que pedalei uns 40km.


Apesar de tanta atividade e de tantas mudanças (ainda!), curti muito minha semana. Estou me adaptando à nova rotina, mas ainda preciso ajustar algumas coisas como ficar mais tempo com o Tuco, arrumar meus armários, organizar minhas musicas e escrever mais no blog! Alguns podem achar essa correria uma tortura, um passo para o estresse de qualquer mortal, mas por incrível que pareça, estou mais disposta do que nunca (putz ,que energia!). Acredito que continuar a trabalhar com o que gosto e saber que, mesmo distante, ainda faço parte da turma da VP me ajuda a manter esse pique. Além de, claro, o consumo periódico de lasanha vegetariana!!!!

Boa semana a todos...