terça-feira, 15 de novembro de 2011

Correndo atrás do queijo gouda



Se é por conta da foto anterior ou por conta da fama de Amsterdam que vocês estão pensando que esta parte da viagem foi pura jiquipanga, sinto muito decepcioná-los.



Havia um objetivo, uma meta, um propósito a ser alcançado: completar o percurso da corrida em Amsterdam. Tudo bem que não iríamos correr os 42k da maratona mas qualquer voltinha no quarteirão seria um desafio após dias bebendo vinho, comendo sem pudor e o pior, sem treinar...



Estivemos em Amsterdam há cerca de uma ano mas agora era diferente: por conta da Maratona, já sentimos que o clima da cidade era outro... Talvez por ter gente do mundo inteiro, talvez porque já estávamos no embalo da viagem (já eram 15 dias de estrada) ou talvez porque Amsterdam seja assim mesmo, apaixonante mesmo na 354ª vez que você a visita.



Esta também foi a primeira vez que pudemos usar nossos casacos e luvas e todas aquelas roupas de frio que ocupam espaço, pois na Itália a caloraca foi forte. Além de tudo, precisavamos liberar espaço nas malas para guardarmos todos os chocolates, stroopwaffles e balangandans que fomos comprando pelo caminho graças ao maldito capitalismo que nos corrói!


No sábado retiramos nosso kit corrida, visitamos a feira no Sporthallen Zuid e demos um rolê light pela cidade. Nosso hotel V Frederiksplein era sensacional! Tirando o tamanho do quarto, pequeno até mesmo para o Nelson Ned, tudo era perfeito (dane-se o quarto, afinal, quem fica dentro do quarto em Amsterdam?). Arrisco dizer que comemos melhor na Holanda do que na Itália, mas isso é questão de gosto, de quem gosta de provar coisas diferentes do nosso cardápio ítalo-tuponiquim cotidiano.




Friaca do cão no domingo de manhã, dia da prova. Não tínhamos saída: era vestir o shortinho, colocar umas luvinhas e bora pro Estádio Olímpico, local da largada. Mas mesmo com o frio a sorte estava ao nosso lado (como sempre!). O sol apareceu - coisa rara em Amsterdam e além disso encontramos um simpático holandês, que nos ajudou a chegar em nosso destino falando um português quase melhor que o nosso - coisa mais rara ainda!!!





Muitos brasileiros na prova, percurso plano e lindo e após 50minutos de transpiração (e inspiração) cruzamos a linha de chegada. Missão cumprida. Hora de comemorar com algumas Guiness, batatas recheadas e fritas e dezenas de costeletas de porco na Leidsplein. Chega de barrinhas de ceral, granola e isotônico!


Sem mais qualquer compromisso oficial, os dias em Amsterdam seguiram como deveriam seguir em todos os lugares do mundo: em paz e sobre duas rodas.


Dizer que Amsterdam é linda já virou lugar comum mas seu encanto vai além dos canais, da flores e de Van Gogh (sem esquecer de nossa querida Anne Frank!). Amsterdam é bem mais "certinha" que doidona; liberdade por lá anda junto com repeito e por mais esquisitos que sejam os brinquedinhos de seus sex shops, por mais esfumaçados que sejam seus cafés, a cidade realamente é de TODOS. Sua estrutura é perfeita e creio que poucas capitais tenham hoje esse privilégio mas acima de tudo, os holandeses parecem saber aproveitá-la com elegância e simplicidade.





Próxima parada: Espanha, com direito a praias, tapas, beijos e muito, mas muito azeite.

sábado, 29 de outubro de 2011

Mangia (e ti fa camminare) que te fa bene

Nada como um feriado para colocar a casa em ordem.

Felizmente, meu apê não está de cabeça pra baixo graças aos bons préstimos e ao carinho de mamãe que fez questão de deixar tudo em ordem e o Titico bem alimentado.

Felizmente também, meus miolos parecem estar mais saudáveis e os dias sem TV, sem jornal, sem internet e sem emails corporativos me fizeram muito bem, obrigada. A agitação de meus 200 milhões de neurônios deu lugar ao desassossego de minhas pernas durante 24 dias no primeiro mundo (de novo!).

A odisséia desta vez começou na Cidade Eterna com a participação "suada" no Second World Landslide Forum durante a primeira semana de outubro. Quando digo suada, me refiro tanto ao trabalho que tivemos pra conseguir apresentar o resultados de anos de trabalho junto a Prefeitura de São Paulo como pelo baita calor de 30º sob o sol na terra do Papa. O evento foi sensacional e para quem quiser saber detalhes, é só acessar o site http://www.habisp.inf.br/ já que daqui em diante vamos falar da segunda parte da viagem: FÉRIAS!!!!!


Foram dez, DEZ dias em Roma, somando congresso e passeios, tempo mais que suficiente para conhecer toda beleza de suas piazzas, igrejas e ruas estreitésimas, toda loucura dos motociclitas e suas vespas e é claro, o típico jeitinho italiano de resolver as coisas. Embora esteja na Europa, Roma definitivamente não tem nada da organização dos ingleses nem tampouco do glamour de Paris. A beleza de Roma, e creio que dos outros lugares da Itália que conheci (a Toscana no caso) está nos detalhes e ao mesmo tempo na grandiosidade de tudo. É uma bagunça? É. Alugamos um carro e nos deram outro? Sim. O percurso até a Capela Sistina é um pé e quando se chega lá é uma zona? Sim, mas e daí? Tudo isso fica pequeno quando nos percebemos caminhando por ruínas (ou seriam jóias) do século VIII A.C. como as do Forum Romano. História e mitologia estão com você o tempo todo e a cada curva nos deparávamos com um palácio ou qualquer outra construção de no mínimo 150 anos. Para nossa alegria, a cada curva também encontrávamos uma bela sorveteria e um café expresso sensacional. Isso sem contar os vinhos, os pães, os queijos, os docinhos... Confesso, dava até raiva!



Fórum Romano



Boca de la Veritá, Roma: roubada, programa pra chinoca que gosta de tirar foto


Saímos de Roma e pegamos a estrada rumo a Siena para descobrirmos o que é que a Toscana tem e em menos de duas horas de viagem já nos vimos cercados de oliveiras, oliveiras e mais oliveiras.


Fim de Tarde em Siena


Chegamos em Siena e a decisão de ficarmos hospedados em um hotel "de campo" foi perfeita. O tempo estava sensacional, a lua estava cheia e um pouco de paz após todo o agito de Roma caiu como uma luva. Quartos grandes, café-da-manhã com direito a bolinho da vovó, silêncio (ah, o silêncio) era tudo o que precisávamos para curtimos 04 dias perambulando entre as cidadezinhas medievais e de ruas estreitas (e como!).

Almoço em San Giminiano


Claro que não pudemos conhecer todas suas 10 províncias com cerca de 300 comunas afinal, o tempo era curto e teríamos que chegar em Pisa com data e hora marcada para pegarmos o vôo rumo a Amsterdam. Mas essa parte vai ficar pro próximo post, ok?




Lista TOP 09 (sim, é nove mesmo) da terra da bruschetta:




1. Melhor sorvete: San Crispino, atrás da Fontana di Trevi e Gelateria di Piazza, em San Giminiano (peça o sorvete de chocolate Amedei por favor!)


Sorveteria San Crispino: imperdível!


2. É chato mas tem que ir: Capela Sistina (entendam: não pela capela mas sim pelo percurso)


3. Overdose de chocolate: Tartufo da Piazza Navona




4. Para ir a noite: Enoteca Ferrara, em Trastevere


5. Para ir a noite a custo zero: Piazza del Campo em Siena


6. Para fugir da muvuca: Testaccio em Roma e Fiesole a 8km de Firenze


Piramide: você certamente passará por aqui quando for a Testaccio



7. Ninguém faz mas eu fiz e gostei: correr (ou caminhar se vc. prefeir) pelas ruas FORA do centro histórico de Firenze, próximo a Piazzale Michelangelo.


8. O que não fazer na Itália: alugar um carro em Roma, pegar taxi sem taximetro (ou com ele desligado), querer achar cápsulas de Nespresso (eles odeiam!), tentar controlar seu peso e pedir uma pizza (opte por um panini)


9. O que não levar pra Itália: malas pesadas. Você vai querer trazer váááárias coisas para casa: desde pacotes de macarrão, garrafas de vinho até cafeteiras Bialetti. Leve pouca roupa e apele para uma lavanderia se precisar.



Cenas do próximo capítulo: Bicicletas, maratona, stroopwafels e pubs...


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pediu pra parar...

Só assim mesmo pra conseguir fazer o blog renascer das cinzas tal qual Fenix e provar que a esperança nunca tem fim.



Foi só ficar de molho por 2 dias em casa pra (re)percerber que nossa vida é uma loucura, uma confusão de acontecimentos que aprendemos a conviver e, até certo ponto, a nos divertimos com toda essa "bagunça".



Antes de qualquer coisa, deixo claro que está tudo bem. Fiz uns exames de rotina mas que exigem certo repouso e por isso, acho que pela primeira vez em toda minha vida, sei o que é gozar da famosa "licença"!



Ontem mesmo me bateu certo desespero ao me ver em casa, em plenas 14h30 sem ter absolutamente NADA a fazer. Além da ausência do trabalho, que ocupa cerca de 8horas do meu dia (fora as outras 10h que penso nele!), não havia nada a fazer em casa. Nenhum armário a arrumar, o cesto de roupas vazio, a cozinha mais organizada que a da Ana Maria Braga, enfim...


Não tive outra alternativa a não ser ligar a maldita caixinha, a TV. Assisti a 4 filmes, 3 séries e vários, váaarios programas de quinta-categoria pra não me acostumar mal.



Depois de algumas horas comecei a entender porque dizem que o trabalho engrandece o homem pois ficar em casa com a TV ligada a tarde inteira é uma tortura que não tem fim. Qualquer reunião de trabalho para discutir o orçamento do setor é mais edificante que assistir a Sonia Abrão por 15 segundos!



Pois bem.. Fato é que hoje resovi aproveitar o dia de sol e passar o tempo restante comigo. Pensando, refletindo, planejando e por que não dizer, fazendo um balanço desses meus 33 anos, 3 meses e 1 dia de vida.



Fiquem tranquilos que não vou contar aqui todos os percalços de minha tenra trajetória, nem ousarei escrever sobre minhas aventuras na adolescência ou sobre o dia que arranquei a cabeça da minha boneca preferida (o que me causou sérios traumas!).



Embora a casa estivesse organizada, já era hora de organizar algumas coisas aqui dentro, bem naquele lugar que sempre deixamos pra depois até que os pensamentos se acumulem, se misturem com nossas vivências e com nossas sensações. Vimos todo esse tempo acumulando idéias em nossas cabeças e sentimentos no peito e, nem sempre, nos percebemos como individuos capazes de usá-los para fazer o bem. Aos outros e a nós próprios!



Dar essa parada de 48h me fez voltar a ter os pés no chão ou ao menos me trouxe um pouco a tona para respirar e oxigenar a caxola. E não pensem vocês que esse é mais um daqueles discursos otimistas de que "a vida é bela e tudo vai melhorar", ao contrário. Essas reflexões deixam claro que tem um monte de coisa errada por aí e que temos que conviver com elas sim mas talvez de forma menos dolorida tal qual estamos tão acostumados.



Como não quero esperar o fim de dezembro para preparar minhas resoluções de ano novo, sei que a minha vida será muito melhor desde já se:



Reclamar menos porque gente que reclama o tempo todo é chata!

Acreditar sempre na verdade, mesmo que ela não seja aquela que vc. esperava

Perceber que precisar dos outros não é ser dependente (ou carente) e que

As decepções às vezes tem muito mais a ver com nossas expectativas equivocadas do que com as falhas dos outros



Acho que assim poderei aproveitar melhor meus próximos dias, meses e anos ao invés de encarar essa jornada simplesmente como uma batalha. Acho que assim fica mais leve pra todo mundo não?



Beijos que vou continuar a assisitir o programa da Sonia Abrão.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um amigo leve...



Talvez pelo "inferno astral", talvez pelas pressões do dia a dia, talvez pelo fato de ter conseguido acordar há apenas poucas horas minha criatividade foi parar em algum lugar que não sei onde é. Talvez esteja junto ao controle remoto da TV, perdido desde a última quinta-feira aqui em casa ou quem sabe esteja no mesmo lugar que guardei o CD do Luiz Melodia que não acho nem a pau (não, o Cd não está na caixinha correta nem tampouco no aparelho de som!).



Copio o texto abaixo, extraído da Folha de hoje. Gosto da Danuza Leão (nem sempre, confesso) e gosto de ler coisas que parecem se encaixar com situações que vivemos. Desde crônicas simples contando sobre as travessuras de seu gato, até reflexões mais profundas sobre confusões da psique. Saber que existem outros seres humanos que conseguem traduzir o que sentimos nos conforta. Em forma de verso, prosa, música, crônica transformam confusões de sentimentos em algo belo, ou ao menos mas leve, como o tal amigo da Danuza.





Um amigo leve

É SEMPRE ASSIM: com tanto para fazer e sem tempo para nada, a gente acaba negligenciando um monte de coisas, entre elas nossos afetos.
E como os sentimentos não sobrevivem sem uma certa atenção, um dia se começa a achar que o coração não consegue -e nunca mais vai conseguir- gostar, ou ao menos sofrer por alguém.
Mas o tempo passa, aquele amigo que a gente via o tempo todo viaja e um belo dia você sente saudades dele. Preste atenção: esse fato é mais merecedor de uma comemoração do que qualquer data querida. Ter saudades de um amigo, há quanto tempo isso não acontecia? Ah, que coisa boa.
Uma simples saudade faz com que você se sinta viva, mesmo que sejam saudades apenas de um amigo -como se um amigo pudesse ser chamado de "apenas". Mas tantas vezes você amou apaixonadamente, e quando ele fez uma viagem sentiu um alívio, até para descansar de tanta paixão e poder se encher de cremes, sem ele por perto para reclamar? E tem melhor do que de vez em quando ter aquela cama enorme só para você, e até dormir com a televisão ligada?
Ter um amigo é coisa muito boa, e sendo um que não te patrulha, não te inveja, não te analisa nem discute a relação, é bom demais -e raro. Um amigo tão bom que te aceita do jeito que você é, que não faz perguntas indiscretas, que te entende e está por ali sem ser, jamais, invasivo. Você sabe de certas particularidades dele, ele das suas, mas delas não falam, só quando é necessário. E com pouca intimidade.
O excesso de intimidade pode ser fatal, mesmo entre mãe e filho, marido e mulher. A intimidade física não é nada, perto da dos pensamentos e sentimentos. Pode ser pior do que ouvir a pergunta "em que você está pensando?". Pode sim: é quando alguém tenta analisar a razão pela qual você disse ou fez determinada coisa num determinado dia, pretendendo, assim, conhecer você melhor do que você mesma se conhece.
Um distanciamento saudável é indispensável às boas relações humanas.
Qual a primeira qualidade que deve ter um amigo? Bem, além das clássicas, como lealdade, fidelidade, discrição sobre as intimidades que ouviu nas horas do aperto, disponibilidade para escutar as histórias, bom humor, e mais o quê? Leveza. Ter um amigo leve é uma benção dos céus.
Não espere dele considerações sobre a vida e a complexidade dos sentimentos humanos, mas ninguém será melhor companhia para jantar, viajar, conviver, do que um amigo leve. Já pensou, passar três dias seguidos com um amigo profundo? Se estiverem tomando banho de mar, ele pode se lembrar do tempo em que era criança, falar da relação que tinha com a mãe e o pai, e daí para cair no divã é um pulo; eles gostam de falar como são tolos os banqueiros e políticos, que só pensam em dinheiro e poder e não compreendem que a vida real etc. etc., quanta profundidade.
Com essa mania, quando estão numa rede em frente à praia, comendo um camarãozinho frito e tomando uma cerveja estupidamente gelada, se esquecem de que nessa hora o bom é não pensar em nada.
É isso que faz um amigo leve; ele não diz nada, apenas usufrui a vida, e quem tiver a sorte de estar perto dele vai ter momentos de grande felicidade - ou pelo menos quase isso.
Com um amigo assim, até a vida fica mais leve.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

The book is on the table...


Ah, a América!!! Bastaram menos de 20 dias na terra da coca-cola para eu deixar todo preconceito de lado (idiota por sinal!) e entender porque ELES são os donos do mundo.


Ficamos em 5 cidades e passamos por tantas outras no caminho, todas muito diferentes entre si mas a sensação de que tudo funciona em USA é uma constante!


Ah como queria ter podido escrever dia a dia sobre cada uma delas para ao menos tentar passar um pouco daquela atmosfera e, principalmente, comentar as cenas pitorescas que presenciei ou as situações nas quais (maravilhosamente!) me meti!!!!


Da praia para a neve em menos de 4 horas... Assim é a Califórnia!


Seria tão bacana contar detalhes do jantar com amigos em Los Angeles que eu mesma preparei após ir fazer compras num supermercado só de produtos orgânicos. Tenho certeza de que nunca mais pisarei num Carrefour!!!!



Sim, paguei o micão e fui molhar meu sofrido pezinho direito no Pacifico pela primeira vez! Mas foi o mico mais bem localizado da Califórnia, em Huntington Beach, capital mundial do surf.



Nosso fiel companheiro, o Mustangão


Ainda na costa oeste, passamos por Camarillo da qual a única lembrança foi o outlet. Sabem aqueles programas que você recebe uma grana pra renovar todo o seu guarda roupas em 1 dia? Então, era quase aquilo! Tudo muito barato e tudo de verdade! Lá o desconto é desconto!!! Se algo custava U$100,em sale vai pra U$40, U$20!!!! Chega de oferta de “10 reais por apenas 9,99”. Aliás, USA é a terra do consumo e ponto. Ninguém ostenta, nada de vulgaridade mas o fato é que tudo o que você quer ter você pode ter. Iphone? Todo mundo tem? Tenis bacana? Todo mundo tem? Um belo casaco para os dias de frio? Sim, também.


Mas chega. Não quero falar de “shopping” nesse post pois a viagem foi muuuuuito mais que isso. A propósito, falei a vocês que trouxe uma bicicleta de Nova York??? Pois é...


Castro, San Francisco




Foi uma viagem de “primeiras vezes”. Depois de me apresentar as frias águas do Pacifico, vi a neve!!!! Sim, aos altos dos meus quase 33 anos, o mais próximo que cheguei a essa sensação foi quando tenho que descongelar minha geladeira e jogar fora aquelas caixinhas de nuggets vencidos.


Era o final da temporada de inverno em South Lake Tahoe, estação de esqui localizada no limite dos estados da Califórnia e Nevada e lá estava eu no meio de montanhas e mais montanhas congeladas... e dá-lhe galera descendo de ski e snowboard!


Não, não, não... Não me arrisquei em esportes radicais e recorri a boa e velha bicicleta em San Francisco. Passei por Fisherman´s Wharf, Marina District, Presidio Park , resumindo... Dei uma baita volta na cidade e pela primeira vez não tive problemas pra estacionar!!! Vou explicar: Desde Los Angeles nosso transporte era o carro, mas em SF, encontrar uma vaga era um inferno! Além disso, acho que só caminhando ou pedalando é que se conhece um lugar de verdade. Eu prefiro assim e aquela pedalada me fez perceber isso, como também me fez perceber que preciso fumar uma pouco menos!!!


Cheese Cake Factory. Nunca mais comerei cheese cake por toda a minha vida! Overdose!!!




A travessia da Golden Gate não foi de bike não. Foi de Mustangão Conversível Azul Cintilante!!!! Na verdade isso não estava programado mas, na primeira vez que peguei o carro acabei me perdendo e quando vi já estava na ponte rumo a Saussalito, cidadezinha muuuito simpática localizada na baía de San Francisco.


De San Francisco, devolvemos o Mustangão (para a tristeza do Edu!) e partimos para Nova York. Como esse post já está gigante e como não dá pra falar de NY em apenas um parágrafo, paro por aqui...

Ainda há muuuito pra contar e mais algumas fotos da viagem pra postar. Talvez nesta ou na próxima semana, sei lá... Talvez acabe esquecendo de uma ou outra coisa afinal, já não tenho mais 20 anos!!! Mas tudo bem. A mesma idade que me torna mais "esquecida", também permite transformar os bons momentos que vivi em minha história.


Kisses


Obs. Agradeçam sempre pelo café de todos os dias, mesmo quando a tia do cafezinho exagera no açúcar ou erra na quantidade de pó. Nada pode ser pior do que o café americano.

domingo, 27 de março de 2011

7 dias e milhões de duvidas


Sete dias....

Esse foi o prazo dado pelo meu horóscopo de hoje para eu "compreender algo" (????). Expectativas, sonhos e empolgações deverão receber um balde de água fria de onde aparecerá uma realidade que até então não percebia. Tentei escapar dessa dando uma olhada no ascendente e lá estão mais "sete dias de reflexão profunda".

Macacos me mordam!

Não acredito piamente em horóscopo, mas também não duvido de mais nada. Após dias intensos e, a meu ver, de muita realidade, preferi entender essa "pausa cabalística" como um descanso, um momento onde saio do tablado para a platéia na intenção de tentar entender em que mundo tenho vivido nos últimos tempos.


A intensidade de nossas vivências, trabalho, amizades, amores as vezes nos tira um pouco do chão, transforma o real no quase ideal e nos dá um idéia de onipotência, de que tudo vai dar certo porque a gente merece e porque no final, o mocinho sempre ganha. Definitivamente NÃO é assim e definitivamente, o fato de nem tudo ser perfeito e nem tudo acabar bem NÃO é o fim do mundo!

O real não é tão feio assim. Ao contrário, é encantador, surpreendente...

Venho me surpreendendo dia a dia, menos com o mundo, considerado cruel por uns, e mais com as pessoas. Como erramos dia após dia! Comemos errado, decidimos errado, amamos errado, odiamos errado e mesmo assim, ainda desejamos que dê tudo certo. Caracoles!!! Eu sou assim também!!! Ainda não tenho certeza se fazer errado é melhor que não fazer... Ainda não estou convencida que o mundo é realmente cruel ou se foi a humanidade que não deu certo. Aliás, certezas pra mim são poucas e não serão os próximos 7 dias que transformarão minha modesta porém honesta vidinha... Quero continuar me surpreendendo, continuar com minhas dúvidas sobre quase tudo afinal, só os estúpidos têm uma confiança absoluta em si mesmos.
Voltamos a falar daqui uma semana. Afinal, se os japoneses reconstruiram uma estrada totalmente destruída em 6 dias, os próximos sete serão mais que suficientes para alguns pequenos ajustes por aqui, não?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ione, se todos fossem igual a você...

Pessoal,

Tô sem tempo, trabalhando pra c... mas não quero deixá-los abandonados....

Por enquanto nada de texto mas não podia deixar de compartilhar com vocês essa demonstração de sinceridade explícita.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Não te esqueças meu amor...


Fuçando minhas redes sociais (nunca pensei que diria isso!) bateu um momento de saudosismo "esquisito" ao rever amigos, colegas, conhecidos e outras tanta caras que não me lembro o nome. Alguns mais carecas, outros mais gordinhos, muitos com fotos de casamentos, filhos e de viagens pelo mundo. Não me espanta saber que aquela mina, que era a mais sem graça da turma, virou um mulherão e que o cara mais cdf se mudou para a Tailândia pra aprender muay thai e hoje vive num templo budista em Bangkok.

Como na minha época não tinha nem celular, nem youtube e nem foto digital, me contentei em ouvir os hinos da Geologia interpretados por "jovens" de 20 e poucos anos e assistir a cenas de trabalhos de campo em cenários familiares, mesmo sem entender ao certo como os estudantes de hoje conseguem ficar tão limpinhos dentro de uma mina de grafite.


Sim, deu saudade. Saudade boa e não de lamento. Saudade do que ainda se tem e não daquilo que falta ou foi embora. Saudade daquela que nos faz gargalhar ao lembrar de como a gente era duro, "vagabundo", cara de pau e feliz. Mas esse tipo de "saudade" só é pra curtir de vez em quando. Beeeem de vez em quando pra não se correr o risco de virar melancolia de quinta.


Era bom? Era. Faria tudo de novo? Faria. Bate uma certa nostalgia que faz você pensar no que sua vida se tornou? Bate. E é nessa hora que você desliga o computador, toma um copo de leite, prepara as coisas pro dia seguinte e vai dormir com a sensação de que, felizmente, sabe lá Deus porque, deu tudo certo pra você.


Vou nessa porque quem vive de blog é só o Marcelo Tas e preciso garantir o meu iogurte desnatado de todo o dia;

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tira o pé do chão! ou Eu já vi esse filme antes...

Eu no hospital, tomando tramadol
Pessoas,


Como todo ano ímpar que se preze, voltei a me machucar! Há duas semanas atrás, fazendo meu treino domingueiro na Paulista, senti uma fisgada na virilha que interrompeu minha corrida pouco antes de chegar na Brigadeiro. Parei e aí a casa caiu... Voltei mancando (e muito) até em casa e quando cheguei, não conseguia encostar o pé no chão.


Desesperador!!!! Levantar do sofá para buscar um copo d´água era uma jornada. Ir ao banheiro então levava quase uma eternidade. Era hora de rever "meus amigos" do Hospital Santa Catarina pela primeira vez no ano. Espera, triagem, consulta com o ortopoedista, raio X e dá-lhe tramadol na veia e cortizona no músculo. Voltei pra casa (com dor e mancando!) e no dia seguinte, volto ao hospital na esperança de um novo diagnóstico, um remedinho mais forte (se é que existe coisa mais forte do que um opiáceo) ou de um milagre de Nossa Senhora dos Lesionados pela Corrida (ou seria São Silvestre o santo padroeiro dos corredores?).


Nananinana. Apesar de tentar me tranquilizar, o outro médico, repetiu o diagnóstico de estiramento e é claro, a necessidade de eu ter que ficar de molho por 7 dias. De molho de verdade, sem andar, sem por o pé no chão e sem "pensar" em qualquer atividade física nos próximos dias. Acho que pela primeira vez um médico viu alguém espernear ao receber um atéstado de afastamento do trabalho. Alguns até pagam por isso! O fato de ter me machucado e ter que interromper as corridas não me incomodou, pois esta não é a primeira vez que isso acontece. Em 2009, quando machuquei o joelho aprendi que ficar sem correr por um certo tempo não é o fim do mundo. Aprendi também que "desencanar" ajuda muito na recuperação. Só não aprendi a maneirar nos treinos né? Enfim, o que me causava pânico é não poder ir trabalhar numa semana em que o mapeamento das áreas de risco acabava de ser divulgado e por conta disso choviam pedidos de informações, esclarecimentos, sobrevoos, reuniões, reportagens, etc...


Mas não tinha jeito. Arranjei uma bengalinha charmosa lá fui eu ao trabalho. Nos dias de repouso absolutos, ficava on line trabalhando a distância e me deliciando com os programas vespertinos da TV aberta. Por pouco não compro uma iogurteira Top Term, uma camera Tek Pix e 10 frascos de cogumelo do sol!!!


Felizmente hoje, após alguns dias, algumas cartelas de remédio, alguns esporros de parentes e amigos queridos e após muito, muito gelo estou bem melhor, obrigada. É claro que não vou sair correndo que nem uma desvairada mas já consigo dar os meus "pulinhos" por aí.

Espera para a largada do BikeTour 2001

Tanto é que na última terça-feira, aniversário de São Paulo participei do Bike Tour. Sob protestos dos mesmos parentes e amigos que me deram os esporros, não podia perder a chance de ao menos retirar a bicicleta que o passeio dava direito. Detalhe: eu GANHEI a inscrição, ou seja, nem precisei pagar os 180 reais para partipar do evento!!!! Pô, nunca ganho nada, nem rifa de frango assado em bingo e quando ganho uma bolada dessas vou ter que abrir mão??? Seria muita falta de sacanagem perder essa não acham?

Não completei o percurso pra não forçar as pernocas mas a bike 0km já está em casa! Já voltei a treinar, a trabalhar (e como!) normalmente e a bengalinha já está pendurada atrás da poltrona.

O passeio mobilizou 7 mil ciclistas e uns 50 mil motorista que ficaram "bem contentes" com a interdição da Marginal Pinheiros

Agradeço o carinho de todos que me ligaram, me mandaram mensagens e que me ajudaram nesses dias e, principalmente àqueles que me deram as merecidas "broncas". Vocês me chatearam bastante dizendo "faça isso" e "não faça aquilo" mas sei perfeitamente que fizeram isso pensando no meu bem e na minha recuperação.

Beijos a todos

"Há 2 espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e ... os amigos, que são os nossos chatos prediletos" Mário Quintana

domingo, 16 de janeiro de 2011

Olá Brasil!!!!

Primeiro post do ano de 2011. Peço desculpas aos fãs que ficaram, mais uma vez, totalmente abandonados nessa primeiras semanas de janeiro e tiveram que afogar suas mágoas comendo pernil requentado da avó e o panetone Tomy da promoção.

Mas todos vocês devem imaginar o porquê dessa ausência... O fato de trabalhar com áreas de risco e de não ter filhos em idade escolar (Tuco já é um adulto) fizeram com que as palavras "férias" e "verão" nunca mais fizeram parte de minhas frase nos últimos 6 anos.

Confesso que a "virada" do ano não faz muito sentido pra mim. É (e sempre foi) uma noite como outra qualquer. Nunca vi uma "luz", nunca senti uma "energia diferente" e pelo que eu me lembro, nada de extráordinário aconteceu no dia 1º dos últimos anos. Nem rolou o tal bug do milênio em 2000, lembram? A maioria dos eventos comemorados nesse dia têm mais um caráter simbólico de recomeço do que representam um acontecimento de fato, com exceção é claro a fundação do Sport Club Bahia, um marco na história futebolísitca mundial veja as coisas que já aconteceram em 01/01. Mas, a fim de evitar maiores confusões com família e amigos, a gente acaba vestindo uma roupra branca e brindando o novo dia de um novo tempo que começou, certo?

Essa história de alto astral acaba de uma forma ou de outra, contagiando a todos e foi por isso que não achei bacana que a primeira postagem de 2011 fosse sobre problemas, muito trablaho, falta de tempo ou coisa assim.

Meus últimos dias foram corridos mas saibam, foi por uma boa causa e está valendo a pena. Sabem o quanto gosto do meu trabalho e sobretudo, o quanto eu acredito que as coisas podem melhorar. Minha cabeça é uma maquinha a todo vapor e era praticamente impossível chegar em casa depois do trampo (e do treino!) e escrever algo bacana, "alto-astral. E para manter o nível deste blog, divido com vocês essa entrevista totalmente elucidativa com gente de opinião. Prestem atenção que faz todo o sentido, assim como todas as coisas que escrevo e continuarei a escrever durante 2011 Veja o Video!


Beijos a todos que vou passar meu fim de tarde deitada na rede da varanda (antes que chova!)